Dois anos depois que a FDA aprovou o Aduhelm (aducanumab), medicamento da Biogen para Alzheimer, contra a opinião de seu comitê consultivo, quatro dos principais funcionários da agência que foram investigados por seu relacionamento próximo com a Biogen durante o processo de aprovação deixaram seus empregos na agência reguladora e aceitaram cargos em empresas farmacêuticas.
De acordo com Zachary Brennan [1], a investigação do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara e do Comitê de Energia e Comércio sobre o relacionamento entre a Biogen e a FDA revelou que os funcionários da agência se reuniram com a equipe da empresa em julho de 2019, um ano antes de a Biogen enviar o pedido de comercialização do aducanumabe, e fora do fluxo de trabalho típico de um processo de aprovação regulatória.
Quase quatro meses antes dessa primeira reunião, em março de 2019, a Biogen anunciou publicamente que estava encerrando dois estudos de fase 3, terminando o desenvolvimento do aducanumabe, porque uma análise de futilidade feita por um comitê independente de monitoramento de dados indicou que era improvável que eles atingissem seu desfecho primário.
Os quatro ex-funcionários da FDA envolvidos na avaliação do Aduhelm que agora trabalham para a indústria são:
A Prothena paga a seus diretores US$ 60.000 em dinheiro, além de honorários adicionais por participarem de comitês. Dunn também receberá 30.000 ações, no valor de cerca de US$ 2 milhões, de acordo com o preço atual das ações da Prothena [2].
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