Resumo
Objetivo: Determinar a prevalência, as causas e os fatores de risco em pacientes internados por eventos adversos a medicamentos.
Métodos: Estudo de caso e controle, de observação e analítico, realizado em pacientes internados por eventos adversos a medicamentos, atendidos no Hospital General Dr. Eduardo Vázquez N, Puebla, México, entre junho de 2019 e junho de 2021. Para a análise estatística, foram usadas porcentagens, frequências, médias, razões de chances, x² e regressão logística binária múltipla. Os dados foram analisados com o Statistical Package, for the Social Sciences 23.4
Resultados: Foram registrados 132 pacientes (66 casos e 66 controles). Do grupo de casos, foram registrados 26 pacientes atendidos por erro de medicação e 40 com reação adversa a medicamentos. A prevalência de eventos adversos a medicamentos foi de 3,6%. Os medicamentos mais relatados e os fatores associados aos eventos adversos foram: antibióticos, anti-inflamatórios; idade média: 35 anos (DP: 17,41); sexo: 39,3% masculino, 60,7% feminino; serviços mais relatados: emergência e cirurgia; via de administração frequente: intravenosa (32,3%); principais sintomas: cutâneos (32,3%). 3%); principais sintomas: cutâneos; sintomas associados a reações adversas a medicamentos: prurido tipo A [RM: 8,5, p = 0,001 (IC95%: 0,035-0,393)], prurido tipo B [RM: 11, p = 0,001 (IC95%: 0,021-0,368)]; urticária [RM: 19, p = 0,005 (IC95%: 0,007-0,412)]. Os fatores de risco associados a eventos adversos foram: gênero feminino [RM: 2,6, p = 0,05 (IC95%: 1,33-5,43)], histórico de alergia [RM: 3,4, p = 0,033 (IC95%: 1,04-8,40)] e permanência prolongada no hospital [RM: 5,4, p = 0,023 (IC95%: 3,82-6,74)].
Conclusões: A maioria dos eventos adversos a medicamentos tem origem em erros de medicação ou reações adversas a medicamentos do tipo A; entretanto, ambos podem ser prevenidos. A segurança do paciente deve ser uma prioridade no momento de prescrever qualquer tipo de medicamento.