Os influencers ou influenciadores são pessoas com muitos seguidores nas redes sociais e exercem uma influência significativa em indústrias específicas, como beleza, moda, condicionamento físico, viagens e alimentação. Reconhecidos por sua autenticidade e autoridade para impactar seu público-alvo, sua influência tem sido uma preocupação para a Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) [1]. Isso ocorre porque alguns influenciadores podem recomendar produtos a seus seguidores que podem ser prejudiciais à saúde.
O Conselho Consultivo de Publicidade, liderado pela Cofepris, lançou uma nova ferramenta para melhorar a publicidade por influência. Essa ferramenta é chamada de Guia de Papéis e Responsabilidades da Publicidade por Influência (GRRUPI) e foi criada para orientar influenciadores, criadores de conteúdo, agências de publicidade e comunicadores na promoção ética e responsável de produtos e serviços.
A publicidade por influência refere-se à promoção de um produto ou serviço por uma pessoa nas redes sociais, por meio de vídeos, anúncios, transmissões ao vivo ou outros formatos. Essa forma de publicidade é extremamente popular e eficaz, mas também implica uma grande responsabilidade. Os consumidores confiam nas recomendações dos influenciadores, tornando essencial que essas recomendações sejam honestas e verdadeiras.
Segundo a agência de publicidade Infinity, em 2020 havia 443.030 influenciadores no México, o equivalente a 0,33% da população do país naquele ano.
Principais responsabilidades dos influenciadores na publicidade, de acordo com o GRRUPI:
Não enganar o público: Os influenciadores não devem atribuir aos produtos qualidades que não possuem, como propriedades curativas ou preventivas. As informações divulgadas devem ser precisas e baseadas em evidências científicas.
Mostrar as advertências necessárias: O conteúdo publicitario deve incluir avisos sobre a utilização do produto e o aviso de publicidade ou o número da autorização. Se esta informação não for incluída, o público pode apresentar queixas e os infratores serão listados como publicidade irregular.
Transparência e veracidade: Os criadores de conteúdos e os anunciantes devem:
As orientações incluem uma série de perguntas que devem ser respondidas com “sim” ou “não” para avaliar se a publicidade representa um risco para a saúde. Estas perguntas destinam-se a quem aceita parcerias publicitárias em áreas como a saúde, a alimentação, os suplementos, as bebidas alcoólicas e o tabaco.
O consumo de influenciadores acarreta riscos significativos. A falta de credibilidade e a saturação de conteúdo são preocupações constantes dos consumidores. Um estudo indica que 46% dos millennials deixariam de seguir um influenciador se percebessem uma falta de sinceridade, sublinhando a importância da autenticidade neste tipo de marketing. Além disso, 70% dos inquiridos acreditam que os influenciadores irão desempenhar um papel crucial na formação de crenças e opiniões no futuro, levantando questões sobre a responsabilidade ética destes criadores de conteúdos nas suas recomendações.