Una organización internacional sin ánimo de lucro para fomentar el acceso y el uso adecuado de medicamentos entre la población hispano-parlante

Publicidade e Promoção

México. Cofepris lança guia para publicidade ética para influenciadores

(Cofepris lanza guía para publicidad ética por influencers)
Missael Nava
Meganoticias. Cultura, 6 de setembro de 2024
https://www.meganoticias.mx/cdmx/noticia/cofepris-lanza-guia-para-publicidad-etica-por-influencers/548929
Traduzido por Salud y Fármacos, publicado em Boletím Fármacos: Ética 2025; 3(1)

Tags: Conflito de interesses, Publicidade por influência, Influenciadores digitais, Ética na publicidade, Cofepris, Transparência na publicidade, Responsabilidade social, Marketing digital, Regulação sanitária, Produtos de saúde, Publicidade enganosa

Os influencers ou influenciadores são pessoas com muitos seguidores nas redes sociais e exercem uma influência significativa em indústrias específicas, como beleza, moda, condicionamento físico, viagens e alimentação. Reconhecidos por sua autenticidade e autoridade para impactar seu público-alvo, sua influência tem sido uma preocupação para a Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) [1]. Isso ocorre porque alguns influenciadores podem recomendar produtos a seus seguidores que podem ser prejudiciais à saúde.

O Conselho Consultivo de Publicidade, liderado pela Cofepris, lançou uma nova ferramenta para melhorar a publicidade por influência. Essa ferramenta é chamada de Guia de Papéis e Responsabilidades da Publicidade por Influência (GRRUPI) e foi criada para orientar influenciadores, criadores de conteúdo, agências de publicidade e comunicadores na promoção ética e responsável de produtos e serviços.

A publicidade por influência refere-se à promoção de um produto ou serviço por uma pessoa nas redes sociais, por meio de vídeos, anúncios, transmissões ao vivo ou outros formatos. Essa forma de publicidade é extremamente popular e eficaz, mas também implica uma grande responsabilidade. Os consumidores confiam nas recomendações dos influenciadores, tornando essencial que essas recomendações sejam honestas e verdadeiras.

Segundo a agência de publicidade Infinity, em 2020 havia 443.030 influenciadores no México, o equivalente a 0,33% da população do país naquele ano.

Principais responsabilidades dos influenciadores na publicidade, de acordo com o GRRUPI:

Não enganar o público: Os influenciadores não devem atribuir aos produtos qualidades que não possuem, como propriedades curativas ou preventivas. As informações divulgadas devem ser precisas e baseadas em evidências científicas.

Mostrar as advertências necessárias: O conteúdo publicitario deve incluir avisos sobre a utilização do produto e o aviso de publicidade ou o número da autorização. Se esta informação não for incluída, o público pode apresentar queixas e os infratores serão listados como publicidade irregular.

Transparência e veracidade: Os criadores de conteúdos e os anunciantes devem:

  1. Evitar sugerir que os produtos podem mudar o comportamento ou aparência das pessoas sem comprovação.
  2. Não promover produtos com propriedades falsas.
  3. Recomendar o uso do produto apenas como indica o fabricante.
  4. Identificar claramente a quem está dirigida a campanha publicitária.
  5. Indicar precauções e condições de uso do produto.
  6. Sinalizar conteúdos patrocinados em parceria com marcas.
  7. Conhecer a qualidade e a origem dos produtos que promovem.
  8. Incluir mensagens que incentivem a higiene e a saúde.
  9. Não divulgar tratamentos médicos sem comprovação científica certificada pela Cofepris.

As orientações incluem uma série de perguntas que devem ser respondidas com “sim” ou “não” para avaliar se a publicidade representa um risco para a saúde. Estas perguntas destinam-se a quem aceita parcerias publicitárias em áreas como a saúde, a alimentação, os suplementos, as bebidas alcoólicas e o tabaco.

O consumo de influenciadores acarreta riscos significativos. A falta de credibilidade e a saturação de conteúdo são preocupações constantes dos consumidores. Um estudo indica que 46% dos millennials deixariam de seguir um influenciador se percebessem uma falta de sinceridade, sublinhando a importância da autenticidade neste tipo de marketing. Além disso, 70% dos inquiridos acreditam que os influenciadores irão desempenhar um papel crucial na formação de crenças e opiniões no futuro, levantando questões sobre a responsabilidade ética destes criadores de conteúdos nas suas recomendações.

creado el 5 de Febrero de 2025