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Conduta da Indústria

As Grandes Empresas Farmacêuticas Começam 2024 Colocando o Lucro Antes das Pessoas

(Big Drug Companies Start Off 2024 By Continuing to Put Profits Over People)
Greet Watch, mayo 2024
https://www.protectourcare.org/wp-content/uploads/2024/05/GREEDWATCH_2024_Q1_Summary.pdf (de livre acesso em inglês)
Traduzido por Salud y Fármacos, publicado em Boletim Fármacos: Ética 2024; 2(4)

Tags: lucro daa indústria farmacêutica, investimento da indústria farmacêutica em P&D, retorno da indústria farmacêutica aos investidores, recompra de ações

Nos três primeiros meses de 2024, 15 das maiores empresas farmacêuticas registraram quase $173 bilhões em faturamento e quase US$29 bilhões em lucros líquidos– números impressionantes que refletem os preços recordes que essas empresas cobram pelos medicamentos.

Por muito tempo, as empresas farmacêuticas podiam a cobrar o que elas quisessem – elas ganham bilhões enquanto cobram dos americanos preços até quatro vezes mais altos do que em outros países, forçando os pacientes a cortarem comprimidos e a pularem doses para sobreviver. Afortunadamente, o presidente Biden e os democratas aprovaram uma lei para reduzir os custos dos medicamentos para os usuários do Medicare, inclusive dando finalmente ao Medicare o poder de negociar preços mais baixos para medicamentos.

Pesquisas estabelecem que os produtores farmacêuticos poderiam perder $1 trilhão em faturamento durante uma década e ainda assim ser a indústria mais lucrativa. No ano seguinte à aprovação da Lei de Redução da Inflação, as empresas farmacêuticas aumentaram o investimento na introdução de novos medicamentos no mercado por meio de maiores gastos com pesquisa, desenvolvimento e aquisições, apesar da aprovação da Lei de Redução da Inflação. Aliás, após a aprovação da Lei de Redução da Inflação, o investimento em gastos com pesquisa e desenvolvimento atingiu $161 bilhões em 2023, um aumento de 16,6% em relação a 2022 e um aumento de quase 50% desde 2018. E, apesar das grandes empresas farmacêuticas argumentarem que a nova lei desincentiva o investimento em medicamentos de moléculas pequenas, um relatório recente de investidores confirma que o oposto é verdadeiro.

Apesar de as empresas farmacêuticas investirem mais recursos na introdução de novos medicamentos no mercado, elas também estão remunerando generosamente seus acionistas em vez de tornar seus produtos mais acessíveis aos pacientes. Doze das quinze empresas gastaram centenas de milhões ou até bilhões em dividendos e recompra de ações. A AstraZeneca e a Novo Nordisk gastaram mais para encher os bolsos dos acionistas do que em seus orçamentos de pesquisa e desenvolvimento.

creado el 15 de Enero de 2025