Resumo:
Antecedentes:
Examinamos os resultados de eficácia primária de 23.551 ensaios clínicos randomizados do Banco de Dados Cochrane de Revisões Sistemáticas (Cochrane Database of Systematic Reviews).
Métodos:
Nós estimamos que a grande maioria dos ensaios tem poder estatístico muito menor para reais efeitos do que os 80 ou 90% para os valores de efeito apresentados. Consequentemente, as estimativas “estatisticamente significativas” tendem a superestimar seriamente os reais efeitos do tratamento, os resultados “não significativos” muitas vezes correspondem a efeitos importantes e os esforços para replicar muitas vezes não conseguem atingir a “significância” e podem até parecer contradizer os resultados iniciais. Para resolver esses problemas, reinterpretamos o valor P em termos de uma população de referência de estudos que estão, ou poderiam ter estado, no Banco de Dados Cochrane.
Resultados:
Isso leva a um guia empírico para a interpretação de um valor P observado de um ensaio clínico “típico” em termos do grau de superestimação do efeito reportado, da probabilidade de o sinal de efeito estar equivocado e do poder de previsão do ensaio.
Conclusões:
Tal interpretação fornece informações adicionais sobre o efeito sendo estudado e pode proteger os pesquisadores médicos contra interpretações ingênuas do valor P e tamanhos de efeito superotimistas. Já que muitos campos de pesquisa sofrem de pouco poder, nossos resultados também são relevantes fora do domínio médico. (Financiado pelo Escritório dos EUA de Pesquisa Naval).